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O Planeamento Familiar "Natural" É PECAMINOSO

NESTE ARTIGO:

O que é o Planeamento Familiar Natural?

O Planeamento Familiar Natural (PFN) é a prática de restringir deliberadamente o ato matrimonial exclusivamente aos momentos em que a esposa é infértil de modo a evitar a concepção de uma criança. O PFN é utilizado pelas mesmas razões que outros utilizam os contraceptivos artificiais: evitar deliberadamente a concepção quando se realiza o ato conjugal.

Paulo VI explicou corretamente que o PFN é um método contraceptivo quando o promoveu na sua encíclica Humanae Vitae.

Paulo VI, Humanae Vitae, #16, 25 de Julho de 1968: … é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade sem ofender os princípios morais que acabamos de recordar.1

Por que o Planeamento Familiar Natural é maligno?

 

O Planeamento Familiar Natural é maligno porque trata-se de controle de natalidade; é contra a concepção. Aqueles que o utilizam negam-se a ter os filhos que Deus planeou enviar-lhes. Em seu propósito, o Planeamento Familiar Natural não difere da contracepção artificial, e, portanto, é moralmente maligno tal como a contracepção artificial.

 

O ensinamento do Magistério católico papal

O Papa Pio XI pronunciou-se desde a Cátedra de Pedro em sua encíclica de 1931 Casti connubiiacerca do matrimônio cristão. O seu ensinamento nos mostra que todas as formas de prevenção de natalidade são malignas. Citamos um longo excerto da sua encíclica que resume bem este assunto.
 
Papa Pio XI, Casti connubii, #53-56, 31 de Dezembro de 1930: 
“Vindo agora a tratar, Veneráveis Irmãos, daquilo que se opõe aos bens do matrimônio, é necessário começar pelos filhos, aos quais muitos se atrevem a chamar de pesado fardo da vida conjugal: de acordo com eles, os cônjuges devem ser cuidadosamente poupados deste fardo, não certamente por meio de uma virtuosa continência (permitida também no matrimônio, quando ambos os esposos consentem), mas viciando o ato conjugal.

“Esses reivindicam o direito a essa licença criminosa porque, não suportando as crianças, desejam satisfazer somente a voluptuosidade, mas sem nenhum encargo; outros, porque não podem, dizem eles, nem guardar a continência, nem — por motivo de suas dificuldades pessoais, ou da mãe ou da sua condição familiar — acolher mais filhos.


Nenhum motivo, porém, por mais grave que seja, pode fazer com que o que vai intrinsecamente contra a natureza seja honesto e conforme à mesma natureza; e estando destinado o ato conjugal, por sua mesma natureza, à geração dos filhos, os que no exercício do mesmo o frustram deliberadamente do seu poder e propósito naturais, obram contra a natureza e  cometem uma ação torpe e intrinsecamente desonesta.


“Por isso não é de admirar que as mesmas Sagradas Escrituras atestem com quanta aversão a Divina Majestade tem perseguido este nefasto delito, castigando-o às vezes com a pena de morte, como recorda Santo Agostinho: ‘Porque ilícita e impudicamente engana, mesmo que seja com a sua legítima mulher, aquele que evita a concepção da prole.’ Que foi o que fez Onan, filho de Judas, pelo qual Deus lhe tirou a vida (Gênesis 38:8-10).


“Tendo, pois, alguns manifestamente se separado da doutrina cristã, ensinada desde o princípio e transmitida em todo tempo sem interrupção, e tendo pretendido publicamente proclamar outra doutrina, a Igreja Católica, a quem Deus mesmo confiou o ensinamento e defesa da integridade e honestidade de costumes, colocada, em meio desta ruína moral, para conservar imune de tal profanação a castidade da união nupcial, eleva solenemente a sua voz pelos Nossos lábios, em sinal de sua missão divina e uma vez mais promulga que qualquer uso do matrimônio, que no exercício do qual o ato é destituído da sua própria e natural virtude de procriação, vai contra a lei de Deus e contra a lei natural, e os que tal cometem, se fazem culpáveis de um grave pecado.2

Vemos que o Papa Pio XI condena como pecado mortal todas as formas de contracepção porque estas frustram o ato conjugal. Isto condena o PFN? Claro que sim, mas os defensores do Planeamento Familiar Natural dizem que “não.” Eles argumentam que ao utilizar o Planeamento Familiar Natural para evitar a concepção eles não estão frustrando deliberadamente o ato matrimonial ou que não o estão privando propositadamente da sua própria e natural virtude de procriação, como acontece no caso dos contraceptivos artificiais. Eles argumentam que o PFN é “natural.”

O senso comum deveria dizer a todos que consideram profundamente este tema, que estes argumentos são falaciosos uma vez que o PFN tem como objetivo evitar a concepção. Porém, o intento de justificar o PFN ― alegar que não interfere com o ato conjugal em si e que, portanto, é lícito ― deve ser especificamente refutado. E isso é feito através de uma cuidadosa análise do ensinamento da Igreja Católica acerca do FIM PRIMÁRIO do matrimônio (e do fim primário do ato conjugal), que condena o PFN.

O dogma católico nos ensina que o fim primário do matrimônio (e do ato conjugal) é a procriação e educação da prole.

Papa Pio XI, Casti connubii, #17, 31 de Dezembro de 1930: O fim primário do matrimônio é a procriação e educação da prole.”3


Papa Pio XI, Casti connubii, #54, 31 de Dezembro de 1930: estando destinado o ato conjugal, por sua mesma natureza, à geração dos filhos, os que no exercício do mesmo o frustram deliberadamente do seu poder e propósito naturais, obram contra a natureza e cometem uma ação torpe e intrinsecamente desonesta.”4

Para além deste fim primário, também há fins secundários do matrimônio, tal como o auxílio mútuo, o acalmamento da concupiscência, e o fomento do amor recíproco. Porém, estes fins secundários devem permanecer sempre subordinados ao fim primário do matrimônio (a procriação e a educação da prole). Este é um ponto-chave que se deve considerar numa discussão sobre o PFN.

Papa Pio XI, Casti connubii, #59, 31 de Dezembro de 1930: “Há, pois, tanto no matrimônio como no uso do direito matrimonial, fins secundários ― tais como o auxílio mútuo, o fomento do amor recíproco e o acalmamento da concupiscência ―, que de maneira alguma está interdita aos esposos, DESDE QUE SE MANTENHA ORDENADO AO FIM PRIMÁRIO e se salvaguarde sempre a natureza intrínseca do ato.”5

Portanto, apesar de o PFN não interferir diretamente com o ato conjugal em si, como afirmam os seus defensores, isso não faz qualquer diferença. O PFN é maligno porque a sua prática subordina o fim (ou propósito) primário do matrimônio e do ato conjugal (que é a procriação e a educação da prole) aos fins secundários.

O PFN faz com que o fim primário do matrimônio fique subordinado a outras coisas por tentar evitar deliberadamente a prole (isto é, evitar o fim primário) enquanto se tem relações matrimoniais. O PFN, portanto, inverte a ordem desejada por Deus. Faz precisamente o que o Papa Pio XI solenemente ensinou que não é lícito fazer. E este ponto refuta todos os argumentos usados por quem defende o PFN; pois todos os seus argumentos focam-se no ato conjugal em si, enquanto ignoram o fato de que não faz diferença alguma não interferir com o próprio ato se os esposos subordinam ou frustram o fim primário do matrimônio.
   
Em resumo: a única diferença entre a contracepção artificial e o PFN é que a contracepção artificial frustra o poder do ato conjugal em si, enquanto que o PFN frustra o seu fim primário (fazendo com que a procriação da prole se subordine a outras coisas).

A Palavra de Deus


Não é complicado entender que é mau utilizar o Planeamento Familiar Natural para evitar a gravidez. Está escrito no coração do homem que tal atividade é maligna.

Gênesis 30:1-2: “Ora Raquel vendo que ela era infecunda, teve inveja a sua irmã, e disse ao marido: Dá-me filhos, senão morrerei. Jacó enfadado lhe respondeu: Acaso estou eu em lugar de Deus, que te  privou do fruto do teu ventre?

Todos sabemos que Deus é Aquele que dá a fecundidade, é Aquele que dá e tira a vida.

Génesis 30:22: “Tendo-se lembrado o Senhor também de Raquel, a ouviu e a fez fecunda.

1 Reis 2:6: “O Senhor é o que tira a vida e a dá, leva a sepultura e tira dela.


Então, por que uma mulher que deseja cumprir a vontade de Deus faria um esforço sistemático para evitar que Deus lhe enviasse uma nova vida? Que desculpa poderá inventar tal pessoa para calcular como ter relações conjugais sem engravidar-se do filho que Deus lhe ia enviar? Por que uma mulher (ou um homem), que crê que Deus dá a fecundidade, recorreria a tabelas de gráficos, ciclos e termômetros, num meticuloso e organizado esforço para evitar que Ele fecundasse? A resposta é que aqueles que se envolvem numa atividade como o PFN opõem-se a Deus (que é no que consiste a essência do pecado) e negam-se a abrir-se à Sua vontade.

Quando os esposos fazem todos os possíveis para impedir a concepção, evitando deliberadamente os momentos férteis e restringindo o ato matrimonial exclusivamente aos tempos infecundos, eles estão cometendo um pecado contra a lei natural; a pecar contra o Deus que sabem ser Aquele que dá a vida. O PFN é, portanto, um pecado contra a lei natural, uma vez que Deus é o autor da vida e o PFN frustra Seus desígnios.

 

As pessoas sabem que o PFN é pecado

Seguem-se abaixo alguns testemunhos muito interessantes de pessoas que, ou utilizaram o PFN, ou lhes foi ensinado o PFN. Os seus comentários foram tomados da seção “cartas ao editor” de uma publicação que continha um artigo acerca do PFN.6 (O seus nomes aparecem nas cartas originais). Estas cartas demonstram que as mulheres que usam o PFN, como também os homens que toleram ou cooperam na sua utilização, estão convencidas de que tal método é um pecado contra a lei natural escrita em seus corações. Aqueles que usam o PFN sabem que estão frustrando a vontade de Deus e praticando contracepção.

“Estimado editor… Eu era uma divorciada pagã sem religião antes de conhecer o meu esposo que, naquela altura, era um católico minimamente praticante. Converti-me ao catolicismo em 1993 e nos casamos em 1994. Naquela época, eu não fazia ideia de que era permitido aos católicos fazer alguma coisa para evitar a concepção. Eu nunca tinha sequer ouvido falar do PFN até que o sacerdote com quem nos reunimos por seis meses antes do nosso casamento deu-me uma resma de papel e basicamente disse-me ‘aqui está, é do seu interesse aprender isto.’ Quando cheguei à casa, folheei brevemente os papéis. Vi calendários, adesivos, e gráficos. Para ser honesta, pareceu-me totalmente alucinante todo o esforço que as pessoas estão dispostas a fazer para ter relações íntimas sem consequências. Foi também chocante para mim o fato de que isto já estava a ser promovido mesmo antes de eu fazer os votos no dia do meu casamento! Atirei os papéis ao lixo e nunca me arrependi disso. Estou agradecida por jamais ter aprendido o PFN… Pergunto-me, qual de meus filhos não estaria aqui se eu tivesse decidido manter os papéis e aprender o PFN?”

 

. . .


Estimado editor… Sou mãe de sete filhos e posso compartilhar as minhas próprias experiências. O PFN não ajudou o meu matrimônio. Lutei para reconciliar-me com o fato de que as Escrituras declaram que o marido e a mulher devem ser submissos e não separar-se salvo na oração. Estávamos a evitar a gravidez… pura e simplesmente. Não pode haver nada de espiritual em dizer ao seu cônjuge que não se pode participar no ato marital por temor que uma criança seja concebida. O dicionário de Webster define a contracepção como: ‘prevenção deliberada da concepção ou fecundação.’ Um esforço sistemático em registar e manter vigilância de modo a evitar os dias férteis é evitar deliberadamente a concepção. Eu tenho amigas que o usam. Eu falei com elas muito pessoalmente. Elas não querem mais filhos. Estão a usar o PFN como um controle da natalidade, que é o que isso é. E uma amiga adotou-o faz onze anos e ‘não teve ainda qualquer acidente’. (…) Posso dizer que Santo Agostinho tinha toda a razão quando escreveu em Os costumes dos maniqueus: ‘O matrimônio, como proclamam as próprias tábuas do matrimônio, unem o varão e a mulher para a procriação da prole. Qualquer um que diga que procriar filhos é um pecado pior que a copulação, proíbe o propósito do matrimnio; e faz que a mulher não seja mais uma esposa, mas uma prostituta, que, quando recebe certas prendas, se une com o marido para satisfazer a sua luxúria. Se há esposa, há matrimônio. Mas não há matrimônio onde se evita a maternidade, uma vez que então não haveria esposa.’ (…) O meu comentário favorito foi feito recentemente por outro autor que comparou o PFN a um cultivador que planta o seu milho em pleno inverno para evitar uma colheita frutífera.”

 

. . .


“Estimado editor… Permita-me simplificar o debate do PFN: se a vossa intenção é evitar a prole então na realidade não importa que método utilizais. Já cometestes o pecado. Porém, se utilizais o contraceptivo como vosso método de eleição, acrescentais um segundo pecado ao primeiro. Em relação à tão repetida mantra de ‘graves motivos,’ deixai-me dizer o seguinte: nomeai um. Procurai profundamente no vosso coração e nomeai um que seja real e verdadeiramente grave… Nós utilizamos o PFN por algum tempo… e isso fez-nos sentir uma repugnância desde então. Durante aquele tempo poderíamos ter tido pelo menos mais dois filhos.”

 

. . .


“Ao editor: O PFN é uma das principais infiltrações da new-age nos princípios relativos ao sexo mantidos pela Igreja, junto com a educação sexual e a imodéstia no vestir… Na medida em que os católicos modernos foram condicionados a adotar ideias mutuamente contraditórias enquanto as defendiam como consonantes, eles deixaram-se enganar facilmente pela noção de que o PFN, como se pratica comumente, é, de alguma maneira, diferente de controle de natalidade. Não tenho formação alguma em teologia moral, mas, no entanto, até eu sei que o objetivo de uma ação determina a sua substância. Quando um casal se une em relações deliberadamente estéreis, isto é chamado de controle de natalidade, pura e simplesmente.”

A Federação Internacional para o Planeamento Familiar e o PFN são da mesma espécie

Notastes as semelhanças que há entre a Federação Internacional para o Planeamento Familiar (a maior provedora de abortos do mundo) e o Planeamento Familiar Natural? Os contraceptivos artificiais e abortivos encontram-se nos corredores das lojas rotulados como “Planeamento Familiar.” Tal como os abortistas, os planeadores de família consideram as crianças como algo indesejável, pelo menos temporariamente; enquanto que os verdadeiros fiéis sempre consideraram como uma bênção inegável de Deus mesmo, planeada pela Sua providência desde toda a eternidade.

 

Eis aqui a herança do Senhor, os filhos; seu galardão, o fruto do ventre. (…) Ditoso o varão que cumpriu o seu desejo sobre eles mesmos! Não será confundido…” (Salmo 126:3-5).

Em publicações que promovem o PFN, o período fértil da esposa é às vezes classificado como “inseguro” e “perigoso,” como se o gerar uma nova vida fosse considerado uma séria ameaça à segurança nacional e a pequena criança fosse um pérfido criminoso! Isto é realmente abominável.

Poderia ser mais claro que aqueles que aderem a este tipo de comportamento e a este método põem Deus e as crianças de parte, substituindo-os pela sua própria agenda egoísta?

Tobias 6:16-18, 22: “Então o Anjo Rafael disse a Tobias: (...) São os que se casam com tais disposições que lançam a Deus fora do seu coração e do seu espírito, e se entregam à sua paixão, como o cavalo e o macho, que não têm entendimento: é sobre estes que o demônio tem poder. Porém tu, quando a tiveres recebido, tendo entrado na câmara, viverás com ela em continência durante três dias, e não cuidarás noutra coisa que em fazer oração com ela. (…) Passada a terceira noite, tomarás a donzela no temor do Senhor, levado mais pelo desejo de ter filhos, do que por sensualidade…”

A palavra matrimônio significa “o ofício da maternidade.” Aqueles que usam o PFN evitam o matrimônio (o ofício da maternidade) e excluem a Deus de si mesmos.

São Cesário de Arles: “Cada vez que ele se une a sua esposa sem um desejo de ter filhos… sem dúvida comete pecado.”7

Erros Condenados pelo Papa Inocêncio XI: “9. O ato do matrimônio, praticado somente pelo prazer, carece absolutamente de toda culpa e de defeito venial.” – Condenado 8
 


O PFN tem consequências eternas e infinitas

Os fatos que se seguem são talvez os mais incriminatórios para a prática do “Planeamento Familiar Natural.”

Se o planeamento familiar tivesse tido sucesso no passado, jamais teria existido a Santa Bernadette de Lourdes, que nasceu num cárcere; nem teria existido a Santa Teresa de Lisieux, que nasceu de uma mãe enferma que havia perdido três filhos seguidos; nem o Santo Inácio de Loyola, o décimo terceiro dos treze filhos;9 e certamente nunca teria havido a Santa Catarina de Siena, que foi a vigésima-terceira de uma família de vinte cinco filhos!10

Poder-se-iam multiplicar por páginas os exemplos de santos que foram os últimos de muitíssimos filhos. Santa Catarina de Siena e o resto dos santos que teriam então sido excluídos da existência pelo PFN se levantarão no juízo contra a geração do PFN. Aqueles que praticam o Planeamento Familiar Natural não falhariam em informar a mãe de Santa Catarina que não haveria motivo algum em ter cinco filhos (muito menos vinte cinco!), e que ela estaria perdendo o seu tempo com todas estas gravidezes.

Apenas na eternidade saberemos a quantas almas imortais foi negada a oportunidade de ir para o Céu por causa deste comportamento egoísta. A única coisa que pode frustrar a vontade do Deus Todo-poderoso é a vontade das suas criaturas insignificantes; porque Ele não irá forçar ninguém a ter filhos, posto que Ele não violará o livre arbítrio de ninguém. O PFN é um crime de proporções incalculáveis. (Apenas considere por uns momentos a seguinte possibilidade: e se a sua mãe tivesse optado por não ter a si?)

Se o planeamento familiar fosse a norma das famílias do passado, as aparições de Nossa Senhora de Fátima nunca teriam ocorrido, uma vez que Ela apareceu a Lúcia (a última de sete filhos), a Francisco (o oitavo de nove filhos) e a Jacinta (a última de nove filhos). Os que aderem ao planeamento familiar, que por seu egoísmo frustram a vontade de Deus, teriam eliminado da história da humanidade toda a mensagem de Fátima, assim como o incrível Milagre do Sol, e as vidas extraordinárias destes três meninos pastorinhos, e todas as graças de conversão que foram obtidas por seus sacrifícios heróicos. Quantos santos, conversões e milagres teriam sido eliminados por esta prática abominável de controlo da natalidade? Apenas Deus o sabe.

Uma mãe de muitos filhos que estava perto de dar à luz uma vez mais, foi até Ars (o lugar onde vivia São João Vianney) para pedir-lhe ânimo. Ela lhe disse: “Oh, estou em tão avançada idade, Padre!” São João Vianney lhe respondeu: “Consola-te, filha minha, se soubesses quantas mulheres vão para o Inferno porque não trouxeram ao mundo as crianças que lhe deviam ter dado!

1 Timóteo 2:15 : “Contudo ela se salvará pelos filhos que der ao mundo, se permanecer na fé e na caridade, e em santidade junta com modéstia.”

A Escritura nos ensina que a mulher pode salvar-se pela maternidade (se ela for católica e morrer em estado de graça). Mas os defensores do PFN querem fazer-nos crer que a mulher pode salvar-se evitando os filhos. Por outro lado, assim como a mulher que cumpre com a vontade de Deus e mantém o estado de graça no seu matrimônio se salva por sua maternidade, da mesma maneira inúmeras mulheres se condenam por não terem tido os filhos que Deus queria que tivessem.

Buscai pois primeiramente o Reino de Deus e a Sua Justiça, e todas essas coisas se vos acrescentarão.” (Mt. 6:33).

 

Objeções

1ª Objeção) O Planeamento Familiar Natural é uma prática justificável de controle da natalidade porque não vai contra o poder natural de procriação.


Resposta: Já respondemos anteriormente a esta objeção. Não iremos repetir tudo aqui. Simplesmente resumiremos de novo que o PFN está condenado porque subordina o fim primário do matrimônio e o ato conjugal a outras coisas. Isto faz com que o fato de o PFN não fazer nada para frustrar o ato matrimonial em si se torne irrelevante, posto que com a utilização deste se frustra o fim primário do matrimônio.

. . .


2ª Objeção) Na própria encíclica Casti connubii, o Papa Pio XI ensinou que os casais podem fazer uso dos períodos em que a mulher não pode engravidar.


Papa Pio XI, Casti connubii, #59, 31 de Dezembro de 1930: “Nem se pode dizer que obrem contra a ordem da natureza os esposos que fazem uso do seu direito seguindo a reta razão natural, ainda que por certas causas naturais, seja de tempo, seja de outros defeitos, não se siga deste o nascimento de um novo vivente. Há, pois, tanto no matrimônio como no uso do direito matrimonial, fins secundários ― tais como o auxílio mútuo, o fomento do amor recíproco e o acalmamento da concupiscência ―, que de maneira alguma está interdita aos esposos, DESDE QUE SE MANTENHA ORDENADO AO FIM PRIMÁRIO e se salvaguarde sempre a natureza intrínseca do ato.”13


Resposta: Sim, o Papa Pio XI ensinou que os esposos podem fazer uso do seu direito matrimonial em tempos inférteis da mulher (ou quando há algum defeito da natureza ou da idade que impeça o nascimento de um novo vivente). Mas ele não ensinou que se pode restringir intencionalmente o ato conjugal aos tempos inférteis para evitar gravidez, como no Planeamento Familiar Natural.

É por esta razão que, na mesma passagem citada anteriormente, o Papa Pio XI reitera que todo uso do direito matrimonial ― inclusive quando a nova vida não pode ser concebida devido ao tempo de infertilidade ou a defeitos naturais ― deve manter os fins secundários do matrimônio subordinados ao fim primário! Este ensinamento é um golpe mortal contra o PFN, já que o próprio PFN consiste na subordinação do fim primário do matrimônio (a procriação e educação da prole) a outras coisas. Portanto, em suma, a passagem citada anteriormente não ensina o PFN, senão meramente enuncia o princípio de que os esposos podem utilizar o seu direito a qualquer momento. Ademais, no mesmo parágrafo, precisamente aquele que os defensores do PFN erroneamente deturpam para justificar a sua prática pecaminosa de controle da natalidade, o Papa Pio XI condena o PFN reiterando o ensinamento do fim primário do matrimônio, o qual o PFN subordina a outras coisas.

. . .

3ª Objeção) Todos admitem que o “Planeamento Familiar Natural” pode ser utilizado para ajudar a esposa a engravidar. Portanto, o mesmo método pode ser utilizado para evitar a gravidez.


Resposta: Se os esposos usam o Planeamento Familiar Natural para que a gravidez se suceda, então a utilização é lícita porque neste caso estão fazendo todo o possível para cumprir com o fim primário do matrimônio (a procriação e educação da prole). Se os esposos usam o Planeamento Familiar Natural para evitar a gravidez, tal utilização é ilícita porque, neste caso, estão fazendo todo o possível para evitar o fim primário do matrimônio (a procriação e educação da prole).

. . .

4ª Objeção) Mas o meu sacerdote tradicional instruiu-me no PFN.
 

Resposta: Quando um cego guia outro cego, ambos cairão no precipício (Mateus 15:14). Os esposos que usam o PFN sabem que estão cometendo pecado. Está escrito em seus corações. Eles não necessitam que um sacerdote lhes diga que isto é mau. Sim, os sacerdotes que obstinadamente instruem as pessoas acerca do PFN como algo bom e defendem este método de controlo de natalidade também são culpados, mas isto não iliba da responsabilidade os esposos que seguem o seu mal conselho.

Conclusão

Os esposos que tenham utilizado o PFN, mas que estão dispostos a mudar, não devem desesperar. O PFN é maligno, mas Deus é misericordioso e perdoará aqueles que estão firmemente resolutos em alterar as suas vidas e confessar os seus pecados. Aqueles que praticaram o PFN necessitam de arrepender-se do seu pecado diante de Deus com verdadeira contrição e o firme propósito de não mais pecar. Tanto a esposa como o marido devem abrir-se à vontade de Deus, prontificando-se a receber todos os filhos que Deus desejar enviar-lhes, sem preocupações ou conhecimento de gráficos, ciclos férteis ou estéreis, buscando primeiro o reino de Deus e a sua justiça, deixando que Deus planifique a sua família.

Notas finais:
__________

1 The Papal Encyclicals, by Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, vol. 5, pág.. 227; https://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_25071968_humanae-vitae_po.html
2 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pp. 399-400.
3 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 394.
4 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 399.
5 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 394.
6 www.seattlecatholic.com
7 Jurgens, The Faith of the Early Fathers, Collegeville, MN, The Liturgical Press, 1970, vol. 3:2233.
8 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957, nº. 1159.
9 John. J. Delaney, Pocket Dictionary of Saints (abridged edition), New York: Double Day, 1980, pág. 251.
10 John. J. Delaney, Pocket Dictionary of Saints (abridged edition), 110.
11 Warren H. Carroll, A History of Christendom, vol. 2 (The Building of Christendom), Front Royal, VA:Chrstendom Press, 1987, pág. 387.
12 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 399.
13 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 394.

 

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