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PROFECIA CATÓLICA

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"Em todas as épocas, os homens foram divinamente instruídos em assuntos convenientes para a salvação dos eleitos ... e em todas as épocas houve pessoas possuídas pelo espírito de profetizar, não com o propósito de anunciar novas doutrinas, mas de dirigir as ações humanas."

Santo Tomás de Aquino:

Summa: 2: 2: 174: Res. E ad. 3

Padre Júlio Maria Explica o ​Valor das Profecias Públicas e Privadas:


“As profecias públicas sãos as que estão incluídas no Antigo ou no Novo Testamento, e dizem respeito às recompensas ou castigos do povo hebreu, à Pessoa de Jesus Cristo, à Igreja e ao fim do mundo. O ciclo das profecias públicas encerrou-se pelo Apocalipse, que indica os acontecimentos humanos até ao fim do mundo.

 

Quanto às profecias privadas, elas continuam, e através dos séculos sempre houve homens Santos que, inspirados por Deus, predisseram o futuro, para consolação e edificação dos bons e terror dos maus.

Tais profecias não são de fé divina, porque foram feitas fora do ciclo da inspiração pública, nem são de fé eclesiástica, porque a Igreja, mesmo admitindo-as, não obriga a aceita-las como verdades de fé.

 

Aquele, entretanto, que lhes negasse todo o valor, seria mais que imprudente, pois é certo que algumas revelações são de inspiração divina, e como tais, dignas de respeito e merecedoras de nossa adesão (...).

 

Pode alguém desprezar todas as profecias feitas por pessoas de grande virtude? Não havendo escândalo ou outras consequências graves, podiam sem dúvida, porém, seria uma gravíssima imprudência, porque seria como negar o espírito profético na Igreja, quando é certo que tal espírito continua depois, como antes da vinda de Jesus Cristo.

 

Pode-se negar tal ou tal profecia, em particular, por não ter fundamentos bastante sólidos ou aparentes, porém, não se podem negar em bloco todas as profecias privadas, porque tal negação seria como que a negação da assistência do Espírito Santo à sua Igreja. É por isso que São Paulo dizia:

Não desprezeis as profecias, examine tudo, abrace o que for bom. I Tess 5, 20.

Tal conselho estende-se necessariamente das revelações privadas, pois as profecias públicas devem todas ser aceitas integralmente, como fazendo parte da Sagrada Escritura. 

Mas, para que servem as profecias?

Para prevenir-nos, antes que se realizem as ameaças que anunciam.

Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva; e, para convertê-lo, Ele emprega os avisos, ora longínquos, ora próximos, para que os homens reflitam, abandonem a sua iniquidade e se voltem para Deus. 

Infelizmente, a humanidade não se converte e entre milhares de pessoas que conhecem as tais profecias calamitosas, apenas uma ou outra as toma a sério e delas se aproveita para reparar o passado e assegurar o futuro. 

 

Sempre foi assim. 

 

No tempo de Noé o Dilúvio fora predito, anunciado 100 anos antes de realizar-se. O Patriarca à vista de todos, construía a arca monumental que devia salvá-lo das águas, enquanto o povo comia e bebia, como diz o Salvador; casava e dava em casamento, até que veio o dilúvio e perdeu-os todos. (Lucas 17, 27)

O povo de hoje faz como o povo antigo. 

A Virgem Imaculada apareceu em Lourdes, em La Salette, em Fátima, chamando os homens à penitência; e o mundo passa sorrindo e divertindo-se, não dando importância a estas súplicas, mas desprezando abertamente as lágrimas da Rainha Celeste.

Ultimamente as cartomantes, pitonisas e espíritas, deram um brado de alarme, anunciando catástrofes próximas, e eis que o povo que nem sequer prestava ouvidos, ou até encolhia os ombros ao ouvir as profecias cristãs de homens virtuosos, devora as produções imaginárias de espíritas e cartomantes, e começa a acreditar que, de fato, parece haver qualquer coisa de ameaçador no horizonte da vida. (...)

É pois a hora de opôr às profecias falsas, imaginárias, ou simples suposições, às profecias verdadeiras, católicas, que indicam, sem sofismas e sem interesse, o que o futuro nos reserva. 

É  o que pretendo fazer, recolhendo nos escritos de alguns santos o que Deus lhes revelou sobre os acontecimentos futuros. 

Talvez que estas profecias, esquecidas por muitos e ignoradas pela maior parte ainda, convençam algumas almas sinceras, da necessidade de se aproximarem de Deus, de servir a Deus e, como pediu Jesus Cristo, de estar preparado - parati estote - para hora fatal da provação ou do castigo. 

Certamente muitos haverá que nenhuma importância darão a estas predições e, como no tempo do Dilúvio, continuarão a banquetear-se na volúpia, a dançar na libertinagem asquerosa, e a embriagar-se na luxúria da imprensa, na orgia dos bailes, nas impudicidades das praias escandalosas e nos bacanais das casas de perdição. 

Continuarão, até que o firmamento apareça o sinal do Filho do Homem e que na Terra as sinistras ameaças se realizem. 

Mas haverá outros também que tomarão a sério os avisos do Céu, mudarão de vida, e esperarão na penitência a hora tremenda, mas gloriosa para os justos. 

É sobretudo para estes que pretendo recolher velhas e novas profecias, e mostrar a sua próxima execução. 

Leiam-nas todas as pessoas ciosas de verdade; meditem-nas, na calma da oração e, em vez de semearem nas almas a perturbação e o medo, elas lhes comunicarão força e generosidade, para conformar a sua vida às indicações do Céu, vivendo cristãmente, preparadas para tudo o que Deus permitir ou fizer.”

__________________________________________

 

Padre Júlio Maria - Livro "O Fim do Mundo Está Próximo?" - Imprimatur 1936

 

* * *

Prática indispensável na interpretação das profecias

 


Sempre levar em conta a tradição apostólica, os Padres, Doutores, e Teólogos da Igreja.

 

Por causa da falta de análise profunda de muitos que consideram fácil qualquer passagem, e acabam caindo em erro frequentemente. Dá certa razão neste sentido Santo Agostinho:

 

"Não duvido de que a obscuridade dos Livros santos seja por disposição particular da Providência divina, para vencer o orgulho do homem pelo esforço e para premunir seu espírito do fastio, que não poucas vezes sobrevém aos que trabalham com demasiada facilidade."

. . .


"Disse-lhes: A vós é concedido conhecer o mistério do Reino de Deus, porém aos que são de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, para que, olhando, olhem e não vejam, ouvindo, ouçam e não entendam, de sorte que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados" Mc 4, 11-12.

. . .

"Todas estas coisas disse Jesus ao povo em parábolas, e não lhes falava sem parábolas, a fim de que se cumprisse o que estava anunciado pelo profeta, que diz: "Abrirei em parábolas a minha boca, publicarei os enigmas dos antigos tempos" (Sl. 77, 2). Mt 13, 35.

. . .

 

"Temos ainda a palavra mais firme dos profetas, à qual fazeis bem em prestar atenção, como a lucerna que alumia num lugar escuro, até que venha o dia, e a estrela da manhã nasça em vossos corações, atendendo antes de tudo a isso: que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular. Com efeito, a profecia nunca foi dada pela vontade dos homens, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" 2 Pedro 1, 19-21.

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Entre os gritos

"Tudo está perdido"

e "Tudo está salvo" 

haverá quase nenhum intervalo.

Abade Souffrant 

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Eis que venho em breve! Felizes aqueles que põem em prática as palavras da profecia deste livro.

Apocalipse 22, 7

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O SANTO ROSÁRIO

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Devoção à Sagrada Face

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Toda vez que alguém contemplar a Minha Face, derramarei o Meu amor nos corações. E por meio da Minha Face obter-se-á a salvação de muitas almas.

Palavras de Nosso Senhor a Irmã Maria Pierina, 1945

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"Com este Sinal Vencerás!"

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