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29 de Maio - Escapulário - Rosário




 

O Escapulário


Certos senhorios se gloriam de ter servos que tragam suas librés. Assim Maria Santíssima também estima que Seus devotos tragam Seu escapulário, em sinal de que são dedicados a Seu serviço e fazem parte de Sua família. Pessoas sem religião riem, segundo o costume, dessa devoção; mas a Santa Igreja a tem aprovado com muitas bulas e indulgências.


Os Padres Crasset e Lezena, falando do escapulário do Carmo, referem que, aos 16 de julho de 1251, apareceu a Santíssima Virgem a São Simão Stock, na Inglaterra, e entregou-lhe um escapulário, garantindo-lhe que aqueles que o trouxessem seriam livres da condenação eterna.


“Recebe, Meu filho, disse a Virgem, esse escapulário de tua Ordem, distintivo da minha confraria e um privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem morrer revestido dele, não experimentará o fogo eterno.”

Fora disso, outra vez apareceu Nossa Senhora ao Papa João XXII (1322), refere Crasset, dando-lhe ordem de publicar que Ela, a quantos trouxessem o escapulário, os livraria no sábado que lhes seguisse à morte. Isso declarou o Papa numa Bula de 3 de março de 1322, a qual foi aprovada mais tarde por Alexandre V, Clemente VII e outros Papas. Assim fala Crasset. Como já se falou em outra parte. Paulo V também recorda essa aparição e parece determinar melhor as Bulas de seus antecessores, expondo as condições necessárias para lucrar as indulgências.


Essas condições são:


Guardar a castidade própria ao estado e rezar o Ofício Parvo de Nossa Senhora. Quem o não puder rezar, deve ao menos guardar os jejuns da Igreja e abster-se de carne às quartas-feiras e sábados.

Ao escapulário do Carmo, das Sete Dores de Nossa Senhora, da Santíssima Trindade e especialmente ao da Imaculada Conceição, estão anexas muitas indulgências, parciais e plenárias, aplicáveis a si próprio na vida e na hora da morte.



 


Atualmente não há devoção mais praticada pelos fiéis de toda classe, do que esta do Santo Rosário. Os hereges modernos como Calvino, Bucero e outros, que não têm dito para desacreditá-lo? Mas é assaz notório o bem que trouxe ao mundo esta augusta devoção. Quantos, por meio dela, têm sido livres dos pecados! Quantos conduzidos a uma vida santa! Quantos, depois de uma boa morte, foram por ela salvos! Podemos ler a esse respeito uma quantidade de livros. Para nós basta dizer que esta devoção foi aprovada pela Santa Igreja, e enriquecida pelos Sumos Pontífices com muitas indulgências. Para lucrar as indulgências dos Dominicanos, unidas à recitação do Rosário, é necessário ir meditando nos Mistérios que o compõem. Os livros referentes ao assunto dão as necessárias e cabais explicações para o caso.


 

Nota do site:


Sobre o Santo Rosário, a Irmã Lúcia (vidente de Fátima) disse:


“A Santíssima Virgem, nestes últimos tempos em que vivemos, atribuiu uma nova eficácia para a recitação do Rosário, de tal maneira que não há problema que, independentemente do quão difícil seja, mesmo tratando-se de vidas de pessoas ou nações, não se resolva pela oração do Santo Rosário. Com o Santo Rosário, iremos nos salvar. Iremos nos santificar. Consolaremos o nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.”

 


EXEMPLO

Na vida de São Simão Stok se lê um fato impressionante de uma conversão obtida pelo escapulário do Carmo. Em Winchester um cavalheiro inglês chamado Walter se debatia na ultima enfermidade dores e sofrimentos dolorosos da agonia, e, ímpio como era, blasfemava horrivelmente dizendo ao lhe falarem em últimos Sacramentos:


— Não me falem em Sacramentos nem em outra vida. Se há inferno quero o Inferno e o Diabo. Que Satanás venha buscar a minha alma.


Era esta a sua linguagem entremeada de blasfêmias e imoralidades. Todos os assistentes do enfermo estavam horrorizados. Lembrou-se de chamar ao Santo Monge Simão Stok conhecido em todo Reino pelo seu zelo em propagar a devoção à Virgem do Carmo. Chegou o Santo e cheio de horror pelo que via e ouvia não perdeu, contudo a esperança. Tomou um escapulário e o estendeu sobre o moribundo. Estendeu os braços em cruz e pôs-se a rezar a Virgem, banhado em lágrimas. Que prodígio! O homem tão ímpio e feroz abrandou-se e disse com voz suave:


— Padre quero me salvar, perdoo a um meu inimigo. Senhor! Senhor! Tende piedade deste pobre pecador!


Chorava comovido. Protestou querer morrer como verdadeiro cristão. Recebeu os Sacramentos com edificante piedade.


Dizia:


— O Demônio tudo fez para me perder, mas o Escapulário da Virgem me salvou.


Esta conversão tão repentina e miraculosa causou uma impressão profunda em toda Inglaterra que bem conhecia a impiedade do cavalheiro Walter.


 


ORAÇÃO



Ó bendita e Imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com olhos de especial bondade a quem traz o Vosso bendito hábito, olhai-me benignamente, e cobri-me com o manto de Vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o Vosso poder, alumiai as trevas de meu espírito com a Vossa sabedoria aumentai em mim a Fé, a Esperança e a Caridade. Ornai minha alma com as graças e virtudes que a façam agradável ao Vosso Divino Filho e a Vós. Assisti-me durante a vida, consolai-me na morte com a Vossa amável presença e apresentai-me a Augustíssima Trindade como Vosso filho e servo dedicado, para Vos louvar e bendizer eternamente no paraíso. Amém.

(Reze 8 Ave Marias e 1 Glória ao Pai).



- Santo Afonso Maria de Ligório


 




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